Queda de mortalidade infantil contribui para índice positivo

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) aponta que a longevidade, na qual está inserida a taxa de mortalidade infantil, é um dos fatores que impulsionaram a melhoria na avaliação dos municípios brasileiros
A redução da mortalidade infantil foi um dos fatores que influenciaram a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil apresentado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O indicador do País saltou 47,8% entre 1991 e 2010, puxado pela melhoria dos dados relacionados à educação, renda e longevidade da população – este último índice leva em conta a queda da mortalidade infantil nas cidades brasileiras.
O PNUD destacou que 50% dos municípios brasileiros cumpriram o Objetivo do Milênio de registrar a taxa de mortalidade menor do que 17 óbitos por mil nascidos vivos. Em 1991, apenas 0,5% das cidades estavam dentro dessa meta. Além disso, o programa ligado à ONU para o desenvolvimento apontou que no início da década de 1990, 38,4% municípios registravam taxa alta de mortalidade infantil(com mais de 50 óbitos por mil nascidos vivos). Em 2010, por outro lado, nenhum município brasileiro alcançou a esse patamar. O PNUD utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
O IDHM do Brasil passou de 0,493 (Muito Baixo Desenvolvimento Humano) para 0,727 (Alto Desenvolvimento Humano). O IDHM Longevidade de 0,816 foi o que mais contribuiu para o IDHM do país e o mais próximo de 1,valor que representa a melhor avaliação do setor. A evolução do índice de longevidade representa um aumento de 9,2 anos na expectativa de vida ao nascer entre 1991 e 2010. No mesmo intervalo, o IDHM Longevidade do País acumulou alta de 23,2%. A pesquisa foi realizada pelo PNUD em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro (FJP).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apontou que a melhoria dos dados de mortalidade infantil está associada às ações e políticas para a saúde das gestantes e das crianças no País. “Em primeiro lugar, tivemos a ampliação do atendimento em todo o Brasil, sobretudo com o trabalho das equipes do Programa Saúde da Família, dos agentes comunitários de saúde e o aumento da realização do exame pré-natal. Também tivemos um maior número de mulheres que conseguem fazer o parto no âmbito hospitalar. Essas medidas tiveram um impacto muito positivo para reduzir a mortalidade infantil”, afirmou.
Padilha também destacou a importância da vacinação das crianças do Brasil e ressaltou a incorporação de vacinas para o Sistema Único de Saúde (SUS) que antes só estavam disponíveis em clínicas privadas.
REDE CEGONHA - Através da estratégia Rede Cegonha, lançada em 2011, o Ministério da Saúde vem reforçando as ações para intensificar e qualificar a assistência integral à saúde de mães e filhos, desde o planejamento reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto, pós-parto, até o segundo ano de vida do filho. Essas ações têm ajudado a diminuir a mortalidade infantil, neonatal e materna no País.
A estratégia prevê o investimento de R$ 9,4 bilhões até 2014. Desse total, R$ 3,6 bilhões já foram destinados. Atualmente, a estratégia conta com a adesão de 4.983 municípios de 27 Unidades Federativas, atendendo 2,7 milhões de mulheres, ou seja, 96% do total de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Rede Cegonha reforça ações para qualificar a assistência a mães e bebês e contribui para diminuir para a redução da mortalidade materna e infantil no país.

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