LIBERTE-SE DO APEGO - Ainda não me libertei totalmente!



Se alguém nos perguntar se somos apegados a alguma coisa, facilmente responderemos que não somos apegados - “Eu empresto o meu carro, a minha casa; faço doações de roupas, sapatos, livros...” Todo mundo já ouviu alguém dizer: “sou tão desapegada, para mim nada tem valor...” Nada mais falso. Desapego não tem haver com indiferença. É uma ilusão acreditar que o apego é apenas uma renuncia aos bens materiais. O verdadeiro desapego é renunciar a amarra que nos gruda a objetos, situações e pessoas.
Mas a verdade é que todos nos temos um apego e se olharmos o significado de apego na língua portuguesa, tem até um sentido positivo. “Ele é apegado à família...” Já o contrario, o desapego, é malvisto: “Ele é completamente desapegado, não liga para nada...” Mas apego na linguagem budista e cristã tem outro significado. É algo opressivo, que nos asfixia e aprisiona, sem mesmo termos consciência. Desapegar-se, portanto, é libertar-se do apego. É, literalmente, soltar-se do laço que sufoca. Algo que traz alívio interno, paz de espírito, uma alegria que relaxa.
Como perceber que estamos apegados a algo? “Apegar é atribuir exagerada importância a um objeto, uma situação ou uma pessoa. Em outras palavras: apego não é uma manifestação de amor, mas de posse, um desejo incontrolável de conservar algo para sempre. É fácil até nos apegarmos as emoções negativas do que as boas memórias. Podemos ficar anos remoendo algo que alguém disse e nos magoou.
As filosofias e religiões orientais reconhecem que somos uma coleção ambulante de apegos: aos nossos hábitos, as nossas pequenas manias, ao que consideramos certo ou errado, ao que achamos que somos. Simplesmente nos recusamos a mudar – até que a vida de um jeito de nos obrigar a fazer isso.
         Desapegar-se, entretanto, não significa abdicar dos prazeres – ter uma casa boa, usar um lindo vestido, ir a um bom restaurante e saborear uma deliciosa comida ou se apaixonar fortemente por alguém. Podemos ter o que quisermos, mas sabendo que também podemos abrir mão de tudo, se necessário for.



“SOMOS COMO CRIANÇAS CONSTRUINDO UM CASTELO DE AREIA. A SABEDORIA ESTÁ EM DESFRUTAR DELE SEM SE APEGAR E, QUANDO CHEGAR UMA ONDA, DEIXAR QUE ELE SE DISSOLVA NO MAR”
Pema Chodron, monja budista



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