PMA vacina gratuitamente todos os bebês nascidos em Aracaju

Em Aracaju, recém-nascidos recebem vacinas contra e BCG e Hepatites 
Auxiliar de enfermagem orienta as mães sobre vacinas e cuidados com o bebê
Vitamina A, para proteger o bebê durante a amamentação
Rita Bitancourt, coordenadora do Programa da Criança e do Adolescente
          Independentemente do local de residência das famílias dos bebês, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), oferta gratuitamente as primeiras vacinas a todas as crianças logo ao nascer, dentro das maternidades públicas e privadas. Na capital sergipana, os recém-nascidos são vacinados contra BCG e Hepatite B. Ainda na maternidade, as mães também recebem a megadose de suplemento da Vitamina A, que também protege as crianças quando amamentadas.
          Em 2010, 19.545 crianças nasceram em maternidades de Aracaju. Dessas, 52,4% são oriundas de famílias do interior sergipano ou de cidades dos Estados da Bahia e de Alagoas. Ainda no ano passado, os recém-nascidos filhos de mães residentes em Aracaju foram 9.302, ou seja, 47,6% do total.
          A estatística se repete no primeiro semestre de 2011: dos 13.842 recém-nascidos em maternidades localizadas na capital sergipana, 54% são de famílias residentes de outras localidades. As crianças de famílias residentes em Aracaju foram apenas 6.364, o que representa 46% do total. Todas receberam suas doses de vacina gratuitamente.
          Para as mães, ainda são ofertadas as vacinas contra sarampo, caxumba e rubéola (a tríplice viral), caso ainda não tenham sido imunizadas. "Em algumas capitais brasileiras, maternidades particulares chegam a cobrar das famílias cerca de R$ 100,00 para aplicar a BCG", afirma a coordenadora de Vigilância em Saúde, Cristiani Ludmilla.

Maternidades
          Em Aracaju, a aplicação de vacinas é mantida pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS) independentemente da relação contratual com a PMA. As 11 vacinadoras da SMS, que atuam no Projeto Corujinha, atuam em regime de escala, dentro das maternidades Gabriel Soares, Nossa Senhora de Lourdes, Santa Isabel, Santa Helena e na maternidade do Hospital da Polícia Militar.
          "Com o Projeto Corujinha, este ano ampliamos as Primeiras Ações de Saúde e Cidadania (PASC), implementado pelo Ministério da Saúde. Estamos atuando para reduzir as mortes neonatal, garantir melhorias na qualidade da assistência ao pré-natal, na assistência ao parto e na assistência ao recém-nascido", destaca o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos.

Imunidade
          Das vacinas ofertadas, "a BCG é uma importante imunização, protege contra tuberculose e meningite. Já a vacina da Hepatite B protege contra uma das formas mais graves das hepatites", explica a referência Técnica do Programa Saúde da Criança e do Adolescente, Magda Dória Vieira.
          A aplicação gratuita de vacinas dentro das maternidades, a todas as classes sociais, traz garantia de proteção às crianças e comodidade às famílias. É o que relata Cristina Santos Ribeiro. Ela teve quatro filhos e no mês passado estava na maternidade acompanhado a nora Juliete da Silva dos Santos, 22.
          "Tudo está muito melhor. Na minha época, só aplicavam a BCG às crianças a partir de um mês de vida, nas Unidades de Saúde. Tínhamos de nos deslocarmos de resguardo, com as crianças, para a unidade. Hoje as crianças estão mais protegidas, com a facilidade das vacinas e com o teste do pezinho. Antigamente, muitas crianças morriam do mal do sétimo dia e ninguém sabia mesmo o porquê", festeja os avanços Cristina.
          Juliete da Silva teve o primeiro filho na Maternidade Santa Helena, uma cesariana. Seu marido, Lualisson Ribeiro, 26, registrou em vídeo a primeira amamentação e a aplicação das doses no bebê. A vacinadora do bebê de Juliete foi a auxiliar de enfermagem do Projeto Corujinha da PMA, Célia Santos Oliveira.
          "O nosso papel também é o de orientar as mães sobre a continuidade das doses das vacinas, a importância da amamentação, os cuidados com o coto umbilical, registro civil e o teste do pezinho", conta Célia Santos, que atua na Prefeitura há 30 anos.

Acompanhamento
Segundo Magda Dória Vieira, quando o bebê é de alto risco, a Unidade de Saúde de referência da criança é avisada. "Fazemos esse elo para que a equipe do Programa de Saúde da Família (PSE) possa acompanhar a criança até a alta. A equipe também monitora crianças em situação de Aids/HIV, sífilis congênita e hepatites", explica.
          Ainda na assistência aos recém-nascidos, Rita Bitencourt explica que as auxiliares identificam os bebês que apresentam risco de morte, como baixo peso, sífilis congênita, soropositivo e outras patologias. "Nesses casos, a referência técnica do Programa da Criança faz o fluxo necessário acionando as unidades básicas e os ambulatórios de patologias de referência para dar continuidade aos cuidados até a recuperação da criança", diz.
          Também fazem parte dessas estratégias, o incentivo ao aleitamento materno, a divulgação do teste do pezinho, orientação sobre o curativo umbilical e o fornecimento de registro de nascimento e do cartão da criança.

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