PMA atua no combate à mortalidade infanto-juvenil
Cuidados com a saúde da criança começa nos primeiros dias de vida (Foto: Silvio Rocha)
Rita Bitencourt - Coordenadora do Programa Saúde da Criança
(Foto: Alejandro Zambrana)
(Foto: André Moreira)
O combate à mortalidade infantil e os cuidados com a saúde dos jovens e adolescentes são constantes preocupações da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é desenvolvido na capital o Programa Saúde da Criança, Jovem e Adolescente com ações direcionadas para o tratamento e os cuidados médicos básicos dos pequenos cidadãos aracajuanos, na faixa etária dos zero a 19 anos. Desde o ano passado, o programa tem ampliado e intensificado atividades educativas e de prevenção para a saúde infanto-juvenil, além de estender a oferta de cursos e oficinas de capacitação para a sua equipe de profissionais.
"Todas essas medidas têm o objetivo final de reduzir o índice de mortalidade infanto-juvenil que, nos últimos anos, vem se mantendo regular na cidade. Através da avaliação periódica de indicadores sobre a saúde infanto-juvenil local, é possível estabelecer medidas corretivas que ajustem possíveis erros e entraves nas formas de tratamento e serviços direcionados para os menores. Em especial, o Programa tem desenvolvido uma especial atenção para a faixa etária compreendida ainda nos primeiros seis anos de vida, quando o risco de morte infantil por patologias é mais agravante pela fragilidade do seu sistema imunológico", explica Rita Bitencourt, coordenadora do Programa de Saúde da Criança, Jovem e Adolescente da SMS.
Os cuidados com a saúde da criança já começam antes mesmo do nascimento. O acompanhamento do pré-natal e a realização periódica de exames ajudam no diagnóstico precoce de prováveis doenças e riscos que comprometam o desenvolvimento da saúde da criança. Segundo Rita, os cuidados infantis devem envolver toda a família com o objetivo de garantir a plena saúde e crescimento saudável de indivíduos ainda em formação.
"Com a parceria e interligação de outros setores da rede municipal de saúde, é possível envolver toda a família na promoção da saúde das suas crianças. Afinal, para o desenvolvimento infantil saudável, uma série de fatores influencia todo esse contexto, como condições socioeconômicas favoráveis, estrutura psicológica familiar e também a saúde em geral da família. No caso da saúde materna, a preocupação ainda é maior, já que as primeiras necessidades na saúde infantil derivam logo da gestação", diz Rita.
Programas
A Rede Amamenta é um dos projetos desenvolvidos no Programa de Saúde da Criança. Ele serve como estratégia para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Algumas unidades básicas de saúde do município desenvolvem o projeto, a exemplo dos postos Manuel de Souza, Elizabete Pita, Carlos Hardman e João Bezerra. Nessas unidades, médicos e enfermeiros capacitados atuam como orientadores para a equipe de profissionais de saúde que atuam nessa área, com o objetivo de qualificar e formar novos orientadores capazes de auxiliar as mães e seus familiares após a fase do parto.
A extensão do Programa Saúde da Criança e Adolescente também chega diretamente nas escolas municipais e estaduais, através da distribuição de cartilhas educativas com informações sobre os direitos do adolescente, saúde bucal, educação sexual, e abordagens sobre o crescimento, desenvolvimento e mudanças ocorridas na adolescência. O público-alvo dessas cartilha são os jovens e adolescentes, entre os 10 a 19 anos. A estimativa é que, após a etapa de distribuição nas escolas, a caderneta também esteja disponível em unidades de saúde básica da cidade.
Creches e abrigos
As creches e abrigos municipais também contemplam projetos voltados para os cuidados infanto-juvenis. Uma equipe de profissionais especializados também atua nessas unidades, ajudando os jovens sobre qual a forma correta de higienização, instruindo sobre a alimentação complementar saudável, além de abordar temas e assuntos que ajudem a prevenir situações de riscos para esse grupo, como a questão da violência, sexualidade precoce e até envolvimento com as drogas.
"Sempre são desenvolvidos cursos e palestras para os profissionais que atuam nessas áreas, com o objetivo de capacitar e informar sobre quais os melhores procedimentos, formas de contato e até tipos de posturas adotadas para lidar no dia-a-dia com estes menores. Sem dúvida, quanto mais qualificado o profissional, ele se sente mais preparado para lidar nas situações de perigo que envolvam ou arrisquem o desenvolvimento saudável dessas crianças", avalia a coordenadora Rita.
Projeto Corujinha
O combate à mortalidade infantil ganha reforço através do Projeto Corujinha, que atua como uma ampliação do Programa nacional de Primeiras Ações e Cidadanias (Pasc) em funcionamento desde 2001. Dentro desse projeto, serão realizadas as primeiras etapas de imunização, explicações sobre o uso correto do calendário de vacinação, o esclarecimento de dúvidas sobre o aleitamento materno e sua importância, além de indicar a oferta de consultas e tratamentos para recém-nascidos em prováveis situações de risco.
"O direcionamento de crianças a rede especializadas de tratamento médico ou ainda o esclarecimento sobre procedimentos de saúde básico para as mães e familiares têm o objetivo final de minimizar a mortalidade infantil ainda na primeira semana de vida, um dos períodos mais críticos na vida da criança. Além desses cuidados, as mães também recebem doses de vitamina A, caso haja a necessidade de suprir algum tipo de deficiência nutricional, e também são orientadas no teste do pezinho para o diagnóstico de doenças que, se cuidadas logo nos primeiros meses, evita o aparecimento de doenças na vida adulta", explica Rita.
Importância
Na avaliação do secretário municipal de saúde, Silvio Santos, a partir dos projetos e ações executadas no programa é possível atuar preventivamente para evitar o risco de mortes e consequências mais desastrosas para cidadãos ainda na tenra idade. "O Programa Saúde da Criança e do Adolescente desenvolve várias ações nas diversas frentes em prol do cuidado, promoção, prevenção de doenças e avaliação dos dados objetivando a redução da mortalidade infantil. A vigilância preventiva do crescimento e desenvolvimento no primeiro ano de vida da criança é importante para a promoção à saúde e prevenção de agravos, identificando situações de risco e buscando atuar de forma precoce", afirma Silvio Santos.
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