GESTANTE: tudo o que você precisa saber sobre o exame de estreptococos do grupo B


Conforme a barriga vai crescendo e os meses vão passando, a grávida precisa estar atenta aos exames obrigatórios. Um deles é a pesquisa da bactéria Estreptococos do grupo B (EGB), realizada pelos obstetras entre a 34ª e 37ª semana, pouco antes de a mãe dar à luz.

A bactéria estreptococos do grupo B é um organismo comum que habita o trato gastrointestinal e a flora vaginal de até 30% das gestantes. Caso você esteja dentro dessa estatística, fique calma. Enquanto o bebê estiver no útero, não há chances de infecção – o risco só se apresenta mesmo na hora do parto, momento em que as bactérias podem passar para o recém-nascido.

A bactéria costuma ser inofensiva em grande parte dos casos. Ela só é agressiva para o recém-nascido no momento do parto (principalmente para os prematuros), por isso, é importante realizar o exame. Caso o resultado tenha sido positivo, a gestante será tratada com antibióticos na veia durante o trabalho de parto, o que diminui muito o risco de transmissão.

No Brasil o Ministério da Saúde recomenda que ginecologistas e obstetras endossem a prática do exame para todas as mulheres grávidas. No Reino Unido, por exemplo, a prática é não fazer o exame com todo mundo, mas sim com os grupos de risco, que são mulheres com a bolsa rompida há mais de 18 horas e aquelas que têm mais chances de ter partos de prematuros. Após o rompimento da bolsa, as bactérias podem subir para o colo do útero, o que aumenta a chance da infecção.
Embora o índice de contágio seja bem baixo para o bebê, é importante se prevenir e realizar o exame, já que a transmissão deixa o recém-nascido passível de desenvolver meningite e quadros graves de infecção generalizada, que podem levar até a morte.

O que compete à Atenção Básica no Pré-Natal:
 Rastreamento:
O método de rastreamento é baseado na cultura de secreção vaginal e retal, colhidas por SWAB (consiste em retirar, com a ajuda de um cotonete, amostras da cultura de bactérias da região vaginal e anal), para EGB, entre a 35ª e a 37ª semanas de gestação, para todas as gestantes ou a critério médico.
 Instruções para coleta de material para cultura Estreptococo grupo B:
Para coleta de material em grávida, é necessário não tomar banho ou evacuar até o momento da coleta. Se tiver tomado banho ou evacuado pela manhã, é possível coletar o material no final da tarde.

        O que compete à Maternidade (na Assistência ao Parto):
 Antibioticoprofilaxia:
Para prevenir a infecção neonatal por EGB, o método de escolha é a antibioticoprofilaxia intraparto, iniciando-se 4 horas antes do nascimento. A eficácia desta profilaxia, realizada no período intraparto, é estimada em torno de 25 a 30% dos casos, reduzindo a mortalidade em 10%. A utilização de antimicrobianos antes do trabalho de parto ou da ruptura prematura das membranas ovulares não se mostrou eficaz. A colonização materna pode ser reduzida por este método, mas a chance de recidiva mostrou-se elevada. A única exceção para iniciar o tratamento durante a gestação é a infecção urinária por EGB.
Atenção! O resultado positivo no exame para estreptococos do grupo B não exclui a opção do parto normal. O resultado só serve para fazer a triagem das pessoas que, durante o trabalho de parto, precisam de antibióticos. Além disso, uma das vantagens do parto normal é que a passagem do bebê pelo canal vaginal faz com que ele entre em contato com as bactérias do corpo da mãee desenvolva defesas. Na maioria das vezes, o bebê já tem os anticorpos porque a mãe passou para ele.

Comentários

  1. Olá Rita, em primeiro lugar, parabéns pelo seu blog. Ele é lindo, de fácil acesso e parece uma revista eletrônica, onde encontro diversos assuntos, mesmo tendo uma tendência a temáticas da saúde o que sao de grande utilidade.
    Estou grávida e ainda não tinha sido informada da necessidade deste exame. Talvez porque eu esteja no 3º mês de gestação. Vou falar com o meu médico.
    Um abraço.

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